quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quem ele pensa que é... Meu pai !?


PQP ... Ele é meu dono ? desde quando ???
Só porque é um pequeno fator da minha existência não que dizer que eu não existiria sem ele, porque mesmo que meu corpo seja uma mínima, minúscula parte do corpo dele, eu tenho uma vida sabe !? Personalidade, caráter, vontades... e nada disso tem a ver com ele, na verdade eu não me pareço em quase nada com ele, nem fisicamente, já que nem a porcaria daqueles olhos azuis eu herdei.
A minha vida hoje não tem praticamente nenhum vinculo com a dele, fora o fato de morarmos na mesmo casa somos quase estranhos um para o outro.
Ele não me ensinou nada de útil, não me ensinou o que é respeito, o que é confiança, muito menos o que é amor de verdade, o que ele me oferece é um carinho doentio e sufocante, tenta agir como se eu fosse um dos seus bichinhos, faz carinho quando quer, alimenta quando quer, dá atenção quando quer, mas na maior parte do tempo apenas sufoca ... eu me sinto sem ar ... sem espaço ... as vezes fico imaginado se ele não é a versão masculina da Felícia.
As vezes dá pena, ele quer atenção e acha que vai conseguir tentando obrigar as pessoas a dar o que ele quer, mas o que ele não entende é que ele nunca vai conseguir nada com isso o COITADO, porque é isso que ele é ... um coitado , e eu nunca vou ser uma cachorrinha que apanha e depois volta para os pés do dono, eu nunca vou esquecer as porradas que levei ou as palavras duras que ouvi sem propósito algum, sem propósito sim, porque eu não me lembro de ter escutado de sua boca palavras que me proporcionassem alguma coisa boa ou necessária, não houve entre nós nenhuma conversa que tenha sido útil para o meu crescimento, que me mostrasse o que era certo ou errado, ele nunca tentou me dizer o que eu precisava ouvi, eu tive que buscar em outros lugares, em outras pessoas, na maior parte das vezes encontrei o que queria nos meus livros, me imaginei no lugar daquelas personagens, que passam por todos os conflitos que eu, a grande diferença entre nós é que elas tinham alguém para dar apoio a elas, parecia-me tão mais fácil viver no mundo delas ... um mundo tão diferente do meu.
Ele que impor o que acha que é certo e pensa que eu sou obrigada a aceitar... bom eu com certeza não penso assim, não penso como ele... mas eu até tento escutar o que ele tem a dizer, a minha carência é maior do que minha razão. Mas como eu disse não sou uma cachorrinha, e mesmo que minha carência seja grande não sou como um cãozinho domesticado que abaixa a cabeça quando ouve o que não quer, também não tenho mais 5 anos de idade, e eu sei muito bem onde ponho minhas mãos, já faz muito tempo que não me queimo no fogo.
Parece que só ele não entendeu isso ainda, e pra mim não faz a menor diferença.

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